sábado, 13 de janeiro de 2018

Junho de 2017



-Porém tudo já começa em março deste mesmo ano citado-


Chega um momento, em que tentamos reafirmar a cada segundo que somos fortes o suficiente para não cair em uma cilada patética (ou paixão a primeira vista, pros mais poéticos) mais uma vez na vida.
Juramos para nós mesmos, que decepções passadas já nos ensinaram tudo que deveríamos saber, ao ponto de nunca mais querermos repetir a dose... O problema, é que assim como repetir um ano inteiro no ensino médio é algo que somos responsáveis pelo simples fato de "deixar levar" ao caos, os amores espontâneos não acontecem por acaso.
Se nos encontramos perdidamente apaixonados por um alguém cujo não fez nada por merecer, em algum momentos nós falhamos... deixamos alguma pequena brecha na qual um sentimento estridente invadiu sem ao menos pedir nossa permissão.
No fundo, acho que isso é a urgência de amar, urgência de se sentir amado, e de ter alguém... E isso é completamente normal, isso é ser um ser humano!
Não ter controle das mãos que tremem a cada vez que o sinto perto, do ritmo cardíaco, e nem das mãos suadas é algo completamente assustador. Meu corpo gelava por dentro e minhas bochechas queimavam por fora.
Eu me senti como quando eu era uma garota que tinha se apaixonado de forma ardente pela primeira vez aos 13 ou 14 anos... Ou seja, completamente perdida e sem um controle físico e mental de mim mesma.
Eu via seus olhos negros cada vez que entrava por aquela porta, e meu corpo formava uma linha do umbigo até a garganta (isso me fazia ter vontade de gritar) quando eu ouvia sua voz ecoar pela sala... Não era possível controlar a vermelhidão de minhas bochechas e nem as inúmeras borboletas no estômago sussurrando sobre sua incrível beleza.

                                ~~~

Pouco a pouco, isso tudo vai ganhando força, e guardar tudo não faz mais sentido nenhum... Então a gente tenta!
Pede ajuda de Deus e do mundo, reza aos quatro ventos, grita com os santos em pensamento, e apela pro universo conspirar a favor.
Sabe de uma coisa? Nada disso é suficiente, quando não é pra ser.
Sua voz ardente continuava me contagiando e eu não tinha mais a fazer a não ser deixar de algum modo, pelo menos um pouco mais claro, tudo aquilo que estava preso.
Meu texto ficou em sua mesa, e foi lido:




Can't you see?


I'm tired to search for someone
That probably will be a waste
Of my time again

I'm searching among the faces
Eyes like those that i dream

Every night when
I lay soul in bed
In darkness of room
Heart starts glowing 'cause
He finally found you

I'm waiting anxiously
Not for a beautiful love
Just a true 'n' pure of it

'Cause i know doesn't exist
Perfect wings

Wings that one day i hope
Will put me in front your face
To see you and hear things
You can never say

People told me i'm insane
For felt in love this way
For who thinks it's just a shame

But everytime i say
I'm in infinit romantic wave

I'm always deep in my own imagination
And lost in my creation

Being like a romantic root who
Believes in best of you
And hope that your eyes one day
Can love me too.




Vergonha ou medo? Realmente nada disso me pertencia, e depois de me expressar de alguma forma, um peso enorme foi retirado de minhas costas.
Alguns acham brega, se apaixonar assim. Outros não entendem, como pode alguém se apaixonar de forma tão aleatória.
O problema, é que respostas não conseguem ser formuladas nem por eu mesma, que fui a autora desse drama interno praticamente todo...
Ora, é claro que seu seus olhos negros e fundos, seu corpo esbelto e bronzeado, cabelos lisos e pretos perfeitamente alinhados, voz encantadora, e enfim seu charme em geral, tiveram forte influência nisso tudo.
Parecia um anjo, daqueles que já vimos em sonho...

Mas esse sonho, pelo meu próprio bem, agora não é mais meu.